O poder salva, pena que nem todos são poderosos

O país mais poderoso do mundo, os Estados Unidos, mostram sua força mais uma vez. O poder de compra, estado e influência. A agência Gileatol confirmou que 90% do estoque de remdesivir foi adquirido pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA. Sendo essa a produção total do mês de julho e 90% do mês de agosto e setembro.

É assim, existe a demanda e o mais rico compra, simples, nada muito distante da realidade que vivenciamos todos os dias. O que não se encaixa nesse padrão de compra e venda é a situação pela qual estamos passando, o remdesivir é o antiviral mais eficiente no combate à Covid 19, a Food and Drug Administration (FDA) autorizou o uso emergencial do remédio em pacientes com o vírus.

Sabemos também dos números gigantescos que os EUA contabilizam de confirmação e mortes pela doença. Sendo assim, podemos constatar o quão os cidadãos estadunidenses são “sortudos”. Então devemos nos contentar e concordar que fazer a compra do remédio foi a melhor coisa a se fazer.

Eu entendo o amor à pátria, o primeiro eu, depois eles. A única questão é a atual circunstância que estamos vivendo. O mundo busca uma cura para a doença. Eu não sei se o argumento é amor ao próximo, empatia ou alguma coisa do tipo. Os EUA escancaram a desumanidade e o poder que todos nós humanos podemos um dia ter.

Não são os cidadãos estadunidenses, eles têm sorte, a falta de sorte é de todo o resto do mundo que não pode comprar o remédio, nem agendar uma compra para outubro já que estamos falando de em média 16,5 mil por paciente e esse paciente tem que ingerir no mínimo 6 frascos do medicamento.

Por: Juliana Araujo