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ÍDOLOS E FÃS: Um sentimento que nasce do inesperado

  • Writer: Scretch
    Scretch
  • Jun 29, 2020
  • 4 min read

Durante o show a emoção toma conta de todos os nossos sentidos.


Por: Juliana Araújo


É trivial que a internet já tomou uma parte importante da nossa vida, e agora em quarentena ela e as redes sociais se entrelaçam cada vez mais na nossa intimidade. Tudo hoje é muito próximo, Tiffany Mishima proprietária de um canal no youtube sobre Kpop mostra essa realidade e Alexa administradora de uma fanbase fala sobre ser fã.


Tiffany relata a facilidade que as redes sociais e a internet trouxeram para a aproximação dos fãs em relação ao artista.

‘’Me sinto muito mais perto, eu sou fã de artistas desde sempre. Eu acompanhei várias eras e a 10 anos atrás a gente não tinha as redes sociais tão fortes como é hoje. E assim os artistas antigamente eles tinham essa coisa meio de inalcançáveis né, então a gente só sabia sobre eles nas revistas, jornais, na TV, até alguma foto deles tinham que ser algum paparazzi tirar [...] Os artistas hoje postam coisas do dia a dia deles, eles compartilham as coisas que eles querem compartilhar, e isso realmente aproxima mesmo, faz a gente olhar para os artistas como gente como a gente.’'

  

Com essa proximidade nos tornamos muito próximos e sensíveis aos artistas, principalmente os que são fãs, nesse sentido podemos nos perguntar como uma pessoa dedica parte de seu tempo para acompanhar, divulgar e trabalhar por eles. Tiffany fala de amor de fã e de como ocorre:

‘’Eu não sei te responder de uma forma racional, eu acho que quem é fã de algum artista conseguem entender isso, a gente não vira fã do nada. É uma coisa de identificação’’ 

Alexa relata o quanto foi importante ela se tornar fã do BTS e como eles a ajudaram e moldaram seu crescimento.

‘’Eles me ajudaram a tornar a pessoa que eu sou, me ajudaram com meus problemas psicológicos com a sociabilidade, eles trouxeram pra mim inúmeras coisas boas, são incontáveis. Eles me ajudaram muito na minha vida e ainda continuam me ajudando.''

Tiffany e Alexa entram em emoção e paixão. Com esses relatos é indiscutível o quão é gratificante fazer algo por astros e ídolos. Em momentos em que nos sentimos vulneráveis é onde buscamos apego. Desse modo que o espírito de fã entra na vida das pessoas. Quando acontece uma troca, e é isso que os torna tão especial. 


Todas essas questões devem passar pelo respeito e a empatia. A vida já não muito fácil, mas quando você tem em que se apegar, as coisas vão fluindo. Porém temos que ter responsabilidade no que fazemos. A vezes o egoísmo pode fazer parte disso, mas não deve ser o único mencionado aqui, já que há vários relatos de mudanças através do apego e inspiração pelo ídolo.


Thais e Hortência são fãs que relataram a ajuda e inspiração que seus ídolos trazem para elas. Hortência diz:

  ‘’Pra mim foi um presente real, todo o aprendizado, toda a questão de motivação superação de você se levantar e não desistir e hoje eu acredito em um propósito, eu não posso desistir. Tudo que eu fizer hoje vai ser consequência lá na frente, eu tenho que lutar pelos meus sonhos, eu não posso desistir, se eu cair, eu tenho que levantar e saber que eu não estou sozinha’’ 

Thais relata as dificuldades que seus ídolos passaram e como isso inspira ela.

‘’Eu não posso fazer tal coisa por que eu não tenho tempo, eles são super ocupados e estão sempre passando isso pra gente, fazendo coisas novas. Olha só onde eles chegaram, eu também posso chegar independente dos comentários negativos.‘’

O modo como uma grande parte dos fãs são tratados é de uma maneira errônea, as pessoas com quem conversei tem faixa etária acima dos 20 anos, e isso só exemplifica que a realidade não é do jeito que pensamos. Ser fã é doar e receber, ter em que se apegar quando tudo parece difícil, é se achar especial.


Respeito e responsabilidade consigo e com o outro é fundamental para uma relação saudável independentemente do tipo de proximidade.


Alexa fala sobre limite:

‘’A internet pode juntar e separar as pessoas [...] mas você tem que saber dosar se não o bônus vira ônus, se você não souber dosar acaba tendo vício e nenhum vício é bom, então é preciso estabelecer um limite.’’

Tiffany relata sobre disciplina e responsabilidade consigo e com os artistas.

’’Se não tiver uma disciplina, acaba atrapalhando. Eu acho que é super válido até o momento que é saudável. Eu conheço pessoas que ficam obcecados a ponto que começa a fazer mal pra elas. A gente tem que saber até onde a gente não tá invadindo a privacidade dos artistas, até onde não tá fazendo mal pra gente, então nós temos que saber definir isso também, saber impor limites.’’

Dispa-se de todo pré-conceito e abra os olhos para as diferenças, use o respeito como seu principal aliado. Se existem coisas que podem nos ajudar e facilitar a nossa vida qual o motivo de resguardar e se esconder. Se te faz bem e não prejudica o outro. FAÇA!

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