Covid-19 completa oficialmente quatro meses no Brasil e coloca em “cheque” o preparo do governo
- Scretch
- Jun 27, 2020
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Brasil é o segundo país do mundo mais afetado em casos e mortes pela covid-19
Por: Welber Kempes
Após quatro meses do primeiro caso confirmado do novo coronavírus, o Brasil é o segundo país com mais casos e mortes pela doença no mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou neste sábado (27), 1.109 novas mortes, chegando ao total de 57.070 óbitos. Isso representa hoje cerca de 11% das mortes por covid-19 no mundo. Nos casos confirmados foram 38.693 registrados em 24 horas e um total de 1.313.667 pessoas infectadas.
O governo brasileiro têm sido questionado sobre a capacidade de conduzir o país durante a pandemia. Um relatório publicado na última quarta-feira (24), pelo Tribunal de Contas da União (TCU), afirmou que o Brasil enfrenta problemas em se basear em critérios técnicos para o desenvolvimento e escolhas das regiões em que hospitais de campanhas são mais necessários.
O relatório diz ainda que há falta de representantes especializados nas áreas médicas e científicas no combate a pandemia, dessa forma resulta “em baixa efetividade das medidas adotadas de prevenção e combate à pandemia, desperdícios de recursos públicos e aumento de infecções e mortes", explica o documento.
Especialistas afirmam que uma das saídas para tentar controlar a disseminação é a testagem em massa, aspecto em que o Brasil também enfrenta dificuldades. De acordo com dados do site Worldometers, o Brasil testa quase 13 mil por milhão de habitantes. Em comparação, os Estados Unidos, que é o país com mais casos e mortes, testam cerca de 92 mil pessoas por milhão de habitantes.
Pensando melhorar esse cenário, o Ministério da Saúde, ocupado pelo interino Eduardo Pazuello anunciou que pretende aumentar a testagem para 22% da população. “Dessa forma a gente consegue expandir, ter uma testagem ampliada para pegarmos esses casos que chamamos mais leves, na fase ainda de Síndrome Gripal”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros.
Desde que o Supremo Tribunal Federal, determinou que os estados e municípios têm autonomia para decidir as medidas de combate a doença, o Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribui a culpa desses números aos governadores, mas o ministro Luiz Fux afirmou que a União não está isento de responsabilidade. Ele disse em uma transmissão ao vivo promovida pelo jornal “O Globo” que “o Supremo não exonerou o Executivo federal das suas incumbências porque a Constituição Federal prevê que, nos casos de calamidade, as normas federais gerais devem existir”.
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