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País da diversidade, é o que mais mata LGBT no mundo

  • Writer: Scretch
    Scretch
  • Jun 26, 2020
  • 2 min read


Por: Juliana Araújo


O Brasil é o país que mais mata LGBT no mundo. Segundo uma pesquisa realizada pelo grupo gay da Bahia, só em 2019, cerca de 329 LGBT tiveram mortes violentas, e em contrapartida é o país com o maior evento, a Parada do Orgulho LGBT. O movimento que entrou em sua 23ª edição em 2019, manteve seu recorde de maior evento LGBT do mundo, com 3 milhões de pessoas na avenida Paulista.


É uma distopia assustadora e que deve nos tocar diretamente como sociedade. Isso traz um questionamento importante, quão visíveis realmente eles são? Visível, vem de ser percebido, de ser e estar. É sentir- se vivo. É respeito e empatia, é aceitar a diferença do outro, é fazê-lo ser visível na sociedade.


O dia 28 de junho é um marco na história da comunidade hoje denominada LGBT, gays se revestiram de coragem e protestaram contra a violência. Tudo aconteceu no Bar Stonewall, ajudados por gays e lésbicas que do lado de fora apoiavam com resistência. Assim surge o 28 de Junho, que é comemorado até hoje como o dia do orgulho LGBT.


A sigla LGBT cresce a cada dia, nada anormal já que todos tendem a querer se encaixar e pertencer a algum grupo. A visibilidade deve estar ligada a sigla inteira. A diversidade está em nós. O respeito deve persistir e ser sempre o primeiro a entrar em pauta.

Lutas como essas precisam ser travadas sempre, a mudança não acontece de repente. A Revolta de Stonewall foi em 1969, porém só 1990 a homossexualidade foi tirada da lista de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS), e somente em junho de 2018 a transexualidade foi tirada da lista de doenças mentais da instituição. São lutas que permanecem durantes décadas para conseguirem uma vitória.


Carta aberta de Levi (Garoto transexual)


''Nos olhos de quem me ver sou todo errado, você se ver o certo né, mas está enganado somos humanos e todos falhos.
Dizem que na vida existe caminho certo, e errado, e ser como eu é pecado, pois vos digo, o lado certo é amar, respeitar, e o errado é "você" se julgar perfeito, "você" merece respeito, e eu apenas viver coberto de preconceito, ou barro, ao ser empurrado, a caminho do curso, camisa branquinha escrito vivenda passando sozinho pensando "não tema". E pum," sai da frente sapatão", na minha mente. "Opa sapatão não, homem", mas sinto um arrepio e me esqueço de como é o nome "Desrespeito?" penso em responder, mas vem aquele medo de quando criança, aquele frio na barriga, correr pro colo da mãe porque o irmão mais velho ta te assustando colocando um filme de terror. Aquele medo bobo de criança, que nem um grito sai.
Me levantei do barro né boladão, ainda digo desculpa sem precisão, senti a minha mão tremer e sem querer aquela lágrima descer meu rosto queimar e meu corpo anseia um abraço de proteção. seguro firme um pouco mais e corro aliás tô atrasado pro meu futuro, e nem caminhar nesse mundo obscuro vai me impedir de seguir, e mesmo com seu preconceito eu sei q tenho os meus direitos, eu vou consegui um dia, consegui ao menos respeito.''

Nos respeitemos nas nossas diferenças e nos solidarizamos com a nossa igualdade.


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